quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Estão à espera de quê?

Virou moda citar o exemplo do râguebi e sugerir que se recorra ao auxílio do vídeo para o futebol.
Isto, no caso de grandes penalidades e agressões.
É certo que concordo totalmente, mas vou mais longe.

Veja-se o que se passou na noite passada no Celtic - Milan.




Exemplos deste género não são poucos, embora reconheça a invulgaridade do mesmo.
Não é todos os dias que um adepto entra em campo e TOCA num jogador, mas muito menos se vê um fingimento tão exagerado e despropositado como o do guarda-redes do Milan. Dida chegou ao cúmulo de ter saído de campo e ser substituido!

E é aqui que eu acho que tem que haver uma grande mudança.
Não só no uso do vídeo para sancionar quem agride, quem faz faltas, quem comete grandes penalidades (ou para ilibar quem não fez nada disso). É importante castigar quem finge, quem exagera, quem se atira.
Não podemos andar sempre a criticar os homens do apito quando vemos tanta ronha em campo.

Quando todos foram tão lestos a "bater" em Scolari por um murro que este tentou dar (sem sucesso) num sérvio provocador, quando é que a opinião pública e os adeptos de futebol em especial vão começar a mostrar o seu repúdio pelas constantes falsas lesões, agressões, penalidades...?

Neste país da treta (que eu adoro apesar de tudo) só se aponta o dedo ao que está mal em casa dos outros.
Não temos fãs de futebol, temos fanáticos dos clubes.

Vamos todos juntar-nos e fazer uma grande ENTRADA PERIGOSA sobre o futebol e pedir para pararem com o teatro e jogarem a sério.

Num mundinho em que ainda impera a tentativa de todo o homem se mostrar como macho, em que os jogadores "discutem" de cabeças encostadas, em que se empurram para mostrar que não têm medo do outro e que são mais fortes, vemos várias "marias amélias" que caem ao chão com um toque mínimo ou com o vento, em que um raspão consegue derrubar o mais possante jogador e, como se viu ontem, um pequeno toque perto do pescoço deita violentamente ao chão um jogador de quase 1m90 como se tivesse sido atingido por um relâmpago...na cara!

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