terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Entradas perigosas? Depende...

Há coisas do demo.
Quem vê futebol tem garantida, não só a emoção inerente ao jogo em si, como toda a treta pós-jogo que é publicada na imprensa desportiva.

No MaiFutebol podia ler-se:

Hauw perdoa Derlei:
«Se tivesse sido no joelho poderia ser diferente»

Sem rancores. Assim se afirma Alexandre Hauw, médio da Naval que, aos 55 minutos do jogo do último sábado, frente ao Sporting, sofreu uma entrada dura de Derlei, que lhe causou um «hematoma de razoáveis dimensões» na coxa direita segundo o próprio.

Se tivesse sido nos testículos podia ter ficado estéril.
Se tivesse sido num olho podia ter ficado cego...

Se o árbitro tivesse mostrado o vermelho a uma entrada igualzinha sobre o Derlei, minutos antes...

Foi na canela, mas se tivesse sido no joelho podia ter sido diferente, o argumento é o mesmo.

Joguem à bola!
O problema é que o Derlei foi bem expulso mas o tipo de entrada não dá vermelho em todas as situações, como se pôde ver no mesmo jogo.

ENTRADAS PERIGOSAS, sim, mas a punição depende da cor da camisola.

Depois disso, surgem as comparações quanto à disciplina interna, indo buscar o exemplo de Stojkovic ou Vukcevic.
Comparar Vuk e o Stoi com Derlei não faz sentido.
O caso do guarda-redes sérvio tem a ver uma situação gravíssima no balneário que poucos sabem, o caso de Vukcevic é pura estupidez do montenegrino.
Um jogador que acha que é o melhor do mundo e acha que pode ter sempre lugar no onze sem trabalhar só porque é bom e depois resolve escolher como agente o agente do Stoi (que se tem visto que é muito bom a aconselhar o seu jogador) só podia dar no que deu.
Fala mais na imprensa do que treina, só sabe reclamar e amuar, querem o quê?
Experimentem orientar uma equipa e gerir um grupo de jogadores e depois venham com essa conversinha dos coitadinhos dos meninos Stoi e Vuk.
Um acha que é o melhor guarda-redes do mundo (nunca ouviu falar do Cech, do Buffon, do Casillas...) e o outro acha que porque foi influente na época passada tem free pass para o onze titular e não precisa de correr e trabalhar como os outros.
Agora, o médio/avançado montenegrino tem uma nova oportunidade para mostrar o que vale. è só esperar para ver como a vai aproveitar.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Anatomia para jogadores de futebol

No jogo entre Sporting e FCPorto houve um lance em que Fucile apareceu no chão agarrado à cara.
Na disputa estava também Liédson.
Confesso que não me apercebi de nada na altura mas, na repetição, vê-se claramente o avançado do Sporting a tentar controlar o adversário com a mão.
O certo é que o baiano acerta com a mão na zona do ombro/clavícula do uruguaio e o deve ter...aleijado.

Fucile vem hoje dizer que"Não somos santos, mas a cotovelada que levei na cara não me partiu os dentes por sorte. Fez-me um golpe feio, sangrei e na verdade fiquei enojado".

Provavelmente Liédson deve ter acertado nalgum vaso sanguíneo que bombeia o sangue para o cérebro de Fucile e o fez delirar, chegando a imaginar que lhe acertaram nos dentes e, inclusivamente sangrou.

Isto sim, foi uma ENTRADA PERIGOSA! Sobre a anatomia do corpo humano...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

As vitórias à Porto

Jesualdo Ferreira disse, no final do jogo contra o Sporting, que tinha sido uma vitória à Porto.
Eu concordo.
Fez lembrar aqueles jogos em que o Porto ganhava desse por onde desse, com ajuda do apito.

O Sporting fez, talvez, o melhor jogo da época.
A equipa, tal como no jogo para o campeonato, dominou o jogo só que, desta vez, aliou ao domínio boas trocas de bola e várias oportunidades para marcar.

Moutinho fez um jogo fantástico, tal como Izmailov, Rochemback voltou a mandar no meio-campo leonino, Romagnoli apareceu aqui e ali mas foi, na minha opinião, o menos inspirado.

Polga e Caneira dominaram os pouco activos avançados do FCP, ajudados por Miguel Veloso e Abel, sendo o lateral-direito o mais atarefado devido às incursões de Hulk.

Lá na frente, Liedson e Postiga foram uma dor de cabeça constante para os dois caceteiros de serviço e para o papá caceteiro, Bruno Alves, Rolando e Pedro Emanuel.

O golo do Sporting nasce de dois cortes da defesa do Porto a um cruzamento de Izmailov, com fernando a fazer a bola subir em arco e depois o enorme Liedson ganhou nas alturas, de cabeça, a Pedro Emanuel e fez a bola passar fora do alcance de Helton.

Mais tarde, o empate do Porto nasce numa falha clamorosa da equipa do Sporting. Hulk parte desde antes do meio-campo apenas perseguido por Rochemback - um sprinter contra um lutador de sumo - e Abel no meio sem saber se ia travar Hulk ou ficava a precaver um cruzamento para Tomás Costa.

Os dois golos nasceram em lances marcados por erros defensivos, não de grandes jogadas ou trabalho da equipa.

Erros da arbitragem foram mais que muitos.

Parecia ser um jogo bem tranquilo mas Bruno Paixão resolveu deixar a sua marca.
Primeiro com a expulsão de Caneira. Hulk levanta-se e vai encostar a testa à testa de Caneira. Amarelo para os dois?
Deixem-me rir!
No solo, Caneira atinge Hulk com o pé, mas alguém viu se foi com intenção?
Eu não!
A televisão so mostra o pé, não se vê o jogador do Sporting para poder avaliar.

No mesmo lance, Rui Patrício atira-se (ainda não percebi muito bem porquê) contra Hulk. Penálti por marcar e expulsão do keeper do Sporting? Não me chocava.

Do lado esquerdo do ataque do Sporting há um cruzamento que é desviado por Rolando no chão. Detalhe: o central do Porto usou a mão.
Mão dentro da área dá penálti.

Abel entra na área portista e Bruno Alves sai ao caminho do lateral do Sporting.
Não só comete obstrução como ainda levanta o braço ao nível do pescoço do jogador leonino.
Penálti?
Era era...mas não foi.

Isto, já para não falar na diferença de critérios na exibição de cartões aos jogadores de ambas as equipas.
E na marcação de faltas.

No final, as palavras dos treinadores foram bem elucidativas: Paulo Bento afirmou que a arbitragem portuguesa lhe metia nojo, já Jesualdo Ferreira teve uma ENTRADA PERIGOSA, dizendo que tinha sido uma vitória à Porto. Realmente dá que pensar. Num jogo em que o Porto não jogou futebol (mais uma vez), num jogo em que ficaram na retranca, num jogo em que jogaram largos minutos com menos um e a pouquíssimos minutos do final do jogo é que ficam em inferioridade numérica e o professor resolve vir falar como se tivessem andado o jogo todo com 9 em campo contra 10, num jogo em que o árbitro teve clara influência...dizer que foi uma vitória à Porto é dizer que voltaram as vitórias com "ajuda externa".

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Eu não percebo nada de futebol

Um dia destes vi no público um senhor comentar sobre a dificuldade de estar a ver, em simultâneo, o momento em que um jogador passa a bola e a posição em que se encontra o jogador que a vai receber.

Concordo que é díficil.

Mas há que ver que essa é uma função do árbitro assistente, ele sabe que tem de fazer isso. Por isso é que eles têm de andar em formações, por isso é que treinam, por isso é que são avaliados, por isso é que têm de progredir na carreira, indo apitando jogos desde os escalões de formação até chegarem a internacionais. Porquê? Exactamente porque o nível de exigência faz com que eles tenham de chegar a um grau zero de erros. Essa inexistência de erros vem com o treino. Esse treino vem com a experiência.
Um árbitro assistente que erre num jogo de miúdos é capaz de ser insultado por meia dúzia de pais, já se errar num jogo da Liga dos Campeões terá de aguentar com os apupos de estádios repletos.
Isto, falando da "avaliação" popular. Não podemos esquecer da avaliação dos delegados da Federação ou da UEFA.

Também tenho lido aqui e ali as comparações entre Mourinho e Mancini.

Confesso que tenho vontade de rir.

Sem qualquer nacionalismo ou qualquer "mourinhismo", vou apenas recorrer aos factos.

O primeiro campeonato ganho por Mancini foi, como alguns se recordam, uma vitória na secretaria.

O segundo, foi ganho com o Inter a partir com vários pontos de avanço em relação aos rivais directos (20 pontos de avanço e 10 pontos de avanço parecem-me uma boa ajuda).

As vitórias permitiram, algum encaixe financeiro (quer dos prémios por vitória, quer dos prémios dos patrocinadores... Não que dinheiro seja problema para Moratti) que possibilitou ou facilitou a aquisição de jogadores importantes, mas, principalmente, fizeram com que Mancini tivesse "moral" para fazer certas exigências, enquanto treinador vencedor, enquanto treinador campeão.

Mourinho chegou a Itália e já foi atacado por diversos lados, já teve treinadores e dirigentes a comprar guerras com o Special One. Mas também já foi elogiado por colegas e jogadores, já teve dois apoios de peso: Lippi e Capello. Dois senhores do futebol, dois treinadores com percursos de sucesso, dois homens que expressaram o seu apoio a Mourinho.

É verdade que José Mourinho não teve o melhor dos inícios de temporada com o Inter, mas nao se pode dizer que tenha sido uma ENTRADA PERIGOSA, pode?

Bom ou mau? Depende...

Quando José Mourinho veio a público, há uns anos, criticar publicamente Ricardo Carvalho, todos o elogiaram.
O mesmo se passou mais recentemente com Paulo Bento, ao criticar Vukcevic. Elogios? Nem por isso...

Quando Mourinho decidiu castigar Adriano e Julio Cruz, deixando-os de fora das convocatórias, foi elogiado, foi tomado como exemplo, como um disciplinador.

Quando Paulo Bento fez o mesmo com Vukcevic, com Djaló, com Miguel Veloso, chegou-se à conclusão que o treinador do Sporting é um ditador.

Estes dois pesos e duas medidas da opinião pública são exactamente os mesmos pelos quais se guia a comunicação social em Portugal...

Faz lembrar uma anedota em que um lisboeta salva uma criança de morrer atacada por um pitbull e, inicialmente, sai num jornal do Porto "Nobre cidadão do Porto salva crianças da fúria de besta canina", e, ao saber que o rapaz era de Lisboa, o título é alterado para "Mouro assassino acaba com a vida de animal doméstico".

Entrar neste tipo de dualidade de critérios é perigoso, são... ENTRADAS PERIGOSAS.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Os escravos mimados

O “Kaiser” Beckenbauer disse hoje que Ballack se deve comportar como um capitão, calar-se e parar com as lamentações, repetindo a recomentação a Frings.
“São todos mimados” foi a frase lapidar.

Ballack foi operado e queixou-se que recebeu telefonemas de Scolari, Mourinho e de vários colegas mas, coitadito, sentiu a falta do telefonema do seleccionador germânico, Low.

Frings disse que ponderava abandonar a selecção porque não andava a jogar e era melhor que os dois colegas que Low andava a utilizar na sua posição.

Este jogadores da bola de hoje em dia são mesmo mimados.
Têm todas as mordomias e, por qualquer coisinha que não gostem, saltam logo para a imprensa a fazer queixinhas, ou pedem transferência ou, a melhor de todas, pegam no argumento do presidente da FIFA, Joseph Blatter, e falam em escravatura no futebol.

Coitadinhos.
Tão escravos.
Escravos de contratos de milhões anuais.
Escravos de colecções de carros caríssimos.
Escravos de mansões, apartamentos, vivendas por aqui e por ali.
Escravos de grande contas bancárias.
Escravos de investimentos.
Escravos do estrelato.
Escravos da vida boa.
Escravos de contratos de publicidade, também eles de milhões.
Escravos?

Estes mimadinhos ainda têm o descaramento de reclamar seja do que for?

E depois só consideram maluco o Stoikovic porque diz que é o melhor guarda-redes do mundo!

Ele há cada ENTRADA PERIGOSA...

Valete...essa rica bisca!

Sou apreciador de Paulo Bento como treinador do Sporting, no entanto não concordo com todas as opções e decisões do ex-internacional português.

Cansa-me ver tanto treinador de bancada e de FM ou CM criticar o treinador que tem dado títulos ao SCP desde que pegou na equipa.
Cansa-me ouvir os velhos na bancada a criticar os jogadores da própria equipa.
Cansa-me ir ao estádio e ouvir os assobios dos adeptos do Sporting aos jogadores de leão ao peito.

E, há pouco tempo, descobri uma das coisas mais ridículas a "malhar" no treinador do SCP.

Valete, um hip-hopper português, resolveu fazer uma música chamada "Baza Correr Com o Paulo Bento".
De certeza que achou que é um entendido de futebol, mas conseguiu fazer uma figura quase tão triste como a do Rui Santos todas as semanas.

É uma questão de ouvir e perceber o que estou a escrever.



Bom, não é?
A música, já por si, é uma boa porcaria. (e não tenho nada contra o hip-hop)
A letra segue os passos do fracasso.
Peguem nas críticas, por exemplo, ao Djaló.
É mau, está a ver-se.
E quando o homem diz que o Sporting nunca teve jogadores miseráveis?
Hum...Missé-Missé? Ouattara? Gil Baiano? Kmet? Ramirez? Skurahvy?
E o Pereirinha também é mau, não é?
O Carlos Freitas era muito bom...trouxe muitos jogadores excelentes...
O Doualla era muito bom...por isso é que nunca fez nada. Quem critica Farnerud e depois elogia o Doualla...
E dizer-se mal do Boloni, que tinha uma belíssima equipa, que jogava bom futebol, ou do Peseiro, que ganhou quase tudo e pôs a equipa a jogar um futebol vistoso, comparando estes dois com Paulo Bento, é de ir às lágrimas! A grande vantagem de PB em relação a estes dois está exactamente naquilo que lhes faltou e que existe actualmente! Disciplina!

Fazer o que?

Alguém se importa de fazer uma ENTRADA PERIGOSA às pernas deste Valete?
Ou então uma daquelas à Bruno Alves, pode ser que lhe acerte na cabeça e o homem comece a pensar, em vez de se juntar ao coro de protestos dos sabichões e velhos do Restelo.
Mais valia ter ficado quietinho.
Em vez disso, a música anda por aí, para ele não se esquecer...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Não mata mas mói

Zoran Stojadinovic é o nome do agente de Stojkovic, guarda-redes do Sporting que foi afastado da titularidade e que andou à procura de clube e não conseguiu.
Um agente, supostamente, deve cuidar dos interesses do jogador que representa.
O senhor cuida tão bem ou tão mal que não soube dizer ao Stoi que devia falar menos e trabalhar mais.

No final da temporada transacta, Vukcevic tornou Zoran Stojadinovic seu agente.
Bela troca.

Desse dia até hoje o que mais se tem ouvido falar é da saída de Vuk para grandes clubes europeus como o Bolton...

Zoran Stojadinovic é, de facto, muito bom agente.
Aliás, muito bom agente e muito boa gente.

Basta ver que, depois de 2 jogos para a Liga Sagres, um jogo para a Supertaça Cândido de Oliveira, um jogo amigável contra o Real de Madrid e um jogo para a Liga dos Campões - pelo meio Vukcevic esteve a contas com umas lesões - o senhor Zoran Stojadinovic vem reclamar que o jogador que representa está insatisfeito, que já há propostas para o comprar e que até pode sair em Janeiro a custo zero.

Ora, ou o Zoran é burrinho ou não sabe que: estamos em Setembro e no início das competições e ainda são uns bons meses até Janeiro, o que é capaz de ser sinónimo de ainda haver muito jogo para jogar; o João Moutinho fez, na época passada, para cima de 40 jogos, ou seja, 40-5 = 35, acho que o Vukcevic ainda tem muita oportunidade de jogar... digo eu, que não tenho a inteligência toda de um agente de jogadores de futebol.

Alguém me dá um exemplo de um agente que se preocupe em representar os interesses de um jogador "seu" e não em meter dinheiro ao bolso graças a um jogador "seu"?
É quase impossível, mas este Zoran Stojadinovic é um abuso.
Que homem mais infeliz.
E infeliz de quem o tem como agente...

Vukcevic está a ter uma ENTRADA PERIGOSA nesta temporada e muita da responsabilidade é do seu agente.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Até ao lavar dos cestos é vindima

Sempre fui muito céptico quanto à contratação de Queiroz para seleccionador nacional.
Não conseguir tirar qualquer conclusão depois dos jogos contra as Ilhas Faroé ou contra Malta, a não ser o facto de se acabarem com fantasmas.
As camisolas de Couto, Figo e Costa voltaram aos dorsais de quem joga actualmente.
Também se aproveitou para crucificar Ricardo, como se o guarda-redes fosse o responsável por não termos tido mais sucesso. De titular passou a nem figurar nos convocados.

Ora, no jogo contra a Dinamarca viu-se Portugal a trocar a bola de forma rápida e simples.

Deco esteve soberbo, ou mais que isso (se houver mais que soberbo).
Nani esteve quase espectacular, um bom "ocupante" da camisola 7 que tinha andado de Figo para Ronaldo.
Simão continua a ser tacticamente um senhor!
Raúl Meireles não é um jogador que me agrade mas esteve bem...pelo menos até aos 10 últimos minutos da partida.
Bosingwa e Paulo Ferreira estiveram em muito bom plano, o lateral-direito sempre muito activo, o lateral-esquerdo a fazer talvez o melhor jogo dos últimos tempos ao serviço da selecção.
Os centrais também estiveram certinhos, pelo menos até aos lances finais (que foram só os que decidiram o jogo).

É que a selecção jogou mesmo bem!
E depois...bem, depois foi um lance em que Bosingwa foi "comido"; outro lance em que Quim mostrou que está à altura de substituir Ricardo (gostava de ouvir agora que andava aí a dizer à boca cheia que o Quim é que devia ser o titular); e um lance de puro azar.

De uma forma pornográfica, eis a melhor forma de descrever o jogo:
Portugal esteve durante 80 minutos em plena sodomia dos dinamarqueses.
Aos 82, os dinamarqueses resolverem dizer chega.
Minutos mais tarde, tiraram um mega-dildo do bolso e vingaram-se.

Moral da história:
Quem sofre não é quem é sodomizado mais tempo, mas sim quem é sodomizado pelo maior membro.

Podemos dizer que depois de uma ENTRADA nada PERIGOSA, Portugal teve uma saída desastrosa.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Rola a bola, começa o espectáculo!

O primeiro jogo oficial da época 2008-2009 foi o da Supertaça Cândido de Oliveira e o Sporting venceu o FCPorto por 2-0.

Surpreendente?

Não e por várias razões.

O FCP nunca conseguiu ser superior ao Sporting na época passada em confronto directo e no último sábado repetiu-se a história.

O FCP entrou em campo com alguns reforços - Sapunaru, Benitez, Guarín e Rodríguez - e sem a grande estrela, Ricardo Quaresma, enquanto os "leões" apresentaram um onze com dois reforços "da casa" - Caneira e Rochemback - e não puderam contar com o goleador-mor, Liedson.

O jogo foi bem disputado, rasgadinho e com bom futebol a ser praticado por ambas as equipas. No FCPorto brilharam Lucho e Rodríguez, no Sporting sobressaiu o colectivo, com Rochemback e Derlei a serem duas peças muito lutadoras, tendo Izmailov e Moutinho a darem mais velocidade ao meio-campo "leonino".

No Sporting destacaram-se dois mal amados por um sector de adeptos verdes e brancos. Djaló, que se diz que não é jogador para o Sporting, marcou por duas vezes aos campeões nacionais em título, Rui Patrício teve bastante trabalho na segunda metade do jogo e este sempre em bom plano, coroando a sua exibição com a defesa do penálti executado por Lucho González.

No capítulo disciplinar, não me parece que tenha sido bem assinalado o penálti a favor do Porto, uma vez que a bola foi à mão de Caneira depois de este a ter tentado desviar com a cabeça, no máximo seria um livre indirecto.
Já quanto a cartões, estranho que Rodríguez não tenha sido expulso depois do "sururu" com Miguel Veloso, assim como me parece que vamos ter mais uma época com Bruno Alves a passar por grande central, quase ao nível de Gamarra no que diz respeito a cartões vistos, mas tendo como passatempo "espetar" o joelho nas costas dos avançados adversários e, como se viu no jogo da Supertaça, agora também já consegue atingir com o joelho a cabeça do adversário que se presta para receber a bola. Para outro jogador seriam ENTRADAS PERIGOSAS mas parece que Bruno Alves tem um anjo da guarda. Ou um padrinho...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Futebol é 11 contra 11 e no final ganha a Alemanha"

A derrota com a Alemanha foi uma das piores que já sofremos.
Não foi devido aos 3 golos sofridos, foi mesmo pela forma como perdemos.
Houve um conjunto de factores que me deixou mesmo desgostoso pela precoce eliminação da nossa selecção.

Acho que não será mau de todo enunciar esses factores.

1. Paulo Ferreira
Falhou a toda a linha.
Falhou porque se deixou antecipar no primeiro golo da Alemanha, falhou porque foi responsável a meias com Cristiano Ronaldo pelo cabeceamento à vontade de Klose no segundo golo e ainda falhou, aqui com um empurrãozinho (literal) de Ballack no 3º golo germânico.
Falhou porque era ineficaz no ataque, andámos coxos do lado esquerdo, falhou porque não cruzava, porque falhava passes e os que acertava eram para trás, para o lado ou para um jogador que estivesse bem próximo de si, obrigando a uma saturação de jogadores junto à linha.

2. Peter Frojdfeldt
O sueco que andou a passear o apito pelo campo conseguiu fazer um serviço quase tão bom como o seu colega austríaco no jogo dos lusos contra os suíços.
As poucas faltas dos portugueses eram sempre merecedoras de cartões, já às infracções dos alemães o senhor Frojdfeldt fazia vista grossa. Gritantes no meio da sua prestação foram os lances do golo de Ballack, de um puxão a Nuno Gomes na área germânica e de uma pisadela a Ronaldo.
Estranho que o árbitro não tenha visto o empurrão de Ballack a Paulo Ferreira, especialmente porque o mesmo árbitro conseguiu ver dois empurrões de Postiga na área alemã em duas disputas de bola e, incrivelmente, Scolari viu o empurrão do banco de Portugal.
Também acho estranho que não tenha visto o puxão a Nuno Gomes. Ninguém cai daquela maneira.
A pisadela a Ronaldo foi nas barbas do sueco. O mesmo árbitro que assinalou a falta não viu o defesa direito alemão ir pisar o pé de Cristiano Ronaldo?
Isto já para não falar nas faltas que os alemães fizeram em saídas de Portugal para o ataque e nem eram assinaladas.

3. Ricardo
Não esteve bem a sair-se dos postes. Ficou muito mal na foto no frango que deu o 3º golo, frango que podia não ter existido caso o árbitro tivesse assinalado a gritante falta de Ballack.
Antes foi um herói, ontem esteve em baixo.


4. Raul Meireles + falta de Moutinho
É incomparável a influência destes dois jogadores no meio campo. Enquanto Moutinho é quase o co-piloto de Deco e ajuda a dar mais dinâmica ao meio-campo e ataque, Raul Meireles é um jogador estático, não traz nada à equipa. Gosto de o ver no FCPorto a combinar com o Lucho, mas na selecção não faz grande coisa. Acho que lhe vi dois remates e pouco mais.

5. Falta de "cojones"
Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo, Simão é um jogador muito influente no Atlético de Madrid e ambos se distinguem pela sua acção ofensiva e pela forma como partem para cima dos adversários. Ontem foi vê-los com medo e a jogar bolinhas para trás e para o lado.

Mas nem tudo foi mau.

1. Deco
Gigante! Enorme!
Foi o grande maestro da selecção, foi o motor e o cérebro, foi ele que andou com a equipa às costas .
Todos pensavam que não iria estar em forma mas ele mostrou o oposto e foi o elemento mais esclarecido e influente da equipa.

2. João Moutinho
A par de Deco era ele que agitava o meio campo de Portugal e a equipa ressentiu-se da sua saída por lesão.
Foi uma das revelações portuguesas neste Europeu.

3. Bosingwa
Falhou no jogo contra a República Checa mas isso não o afectou. Podia ter estado melhor no lance do primeiro golo alemão mas foi um grão de areia na exibição que rubricou ontem. Bem a antecipar-se, bem a combinar no ataque e a ir à linha.

4. Nani
Pode vir a ser melhor que Ronaldo, pelo menos é mais consistente, tem menos tiques e manias e lida melhor com a pressão (uma época a ser assobiado todos os jogos em Alvalade até serve para alguma coisa). A sua entrada trouxe velocidade, trouxe mais movimento no ataque e desequilibrou no momento de furar a defesa germânica.
Mais regular, mais inteligente e com muito menos mania que Quaresma, por isso Scolari terá optado pelo extremo do Man Utd em vez do jogador do FCP.

5. Petit, Nuno Gomes e Postiga
Coloquei estes três juntos uma vez que fizeram mais do que se esperava deles. Petit fez boas aberturas, Nuno Gomes e Postiga marcaram...

6. Scolari
Ao contrário do que se esperava (eu incluído) Scolari não apostou em Meira nem em Hugo Almeida. São dois jogadores habituados ao estilo de jogo germânico, é verdade, mas Scolari terá pensado que os germânicos também estão habituados ao estilo de jogo dos dois portugueses. Petit cumpriu e Postiga marcou, por isso não se pode dizer que tenha sido mal optado por Scolari

7. Pepe e Ricardo Carvalho
São excelentes mas são só dois e não podem estar em todo o lado. Pepe foi uma boa surpresa e Ricardo Carvalho fez o que já nos habituou.
Gostei especialmente da forma como Pepe parece sentir o facto de estar a representar Portugal.

Em 2010 há mais.
Até lá vamos ver quem vem orientar a selecção e se vai haver alguma limpeza.

Em vez de ENTRADAS PERIGOSAS hoje temos uma SAÍDA ANTECIPADA.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A primeira fase já passou

A prestação de Portugal no Europeu era, para mim, uma incógnita.
Depois de muito jogo fraquinho e de épocas menos felizes para alguns dos jogadores escolhidos por Scolari, era difícil prever a probabilidade de sucesso da turma das quinas.
Até Mourinho dizia que não passar da primeira fase seria mau demais.

A verdade é que Portugal começou por ganhar, e bem, à Turquia e depois despachou uma forte selecção Checa.
Gostei especialmente de ver Moutinho, Pepe e Bosingwa no primeiro jogo. Se bem que toda a equipa esteve em elevado nível. Quer dizer, tirando o Paulo Ferreira que se limitou a defender bem. E gostei de ver o Nuno Gomes a esforçar-se.
Na segunda partida, destaco Deco e Ronaldo. Os restantes estiveram alguns furos bem lá para baixo, como foi o caso de Bosingwa...

O jogo de opunha Portugal e Suíça, um dos países organizadores, e o árbitro era austríaco, ou seja, do outro país anfitrião.
Foi dos piores jogos com as piores arbitragens que já pude ver!
Cruzes canhoto!
O senhor apitava a torto e a direito e ao minímo contacto mas não foi capaz de assinalar uma grande penalidade contra a Suíça, anulou um golo limpo a Postiga e ainda conseguiu inventar o penálti que deu o 2-0 aos da casa.

Mas a culpa não foi só do árbitro.
Quaresma andou a dormir em campo, Meireles não se mexeu e hoje ao ler os desportivos li o pessoal a ter escrito que ele tinha estada muito bem...
Pois foi...
Ele e os outros que estavam em campo!

A ENTRADA PERIGOSA da noite pertenceu a Paulo Ferreira, esse gande jogador que é um polivalente, ou seja, joga malzinho na direita ou na esquerda!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Apito final? Apito dourado? Apitinhos...


Depois de ver os resultados das investigações e consequentes castigos só me apetece rir.

O Boavista foi castigado com a descida de divisão num ano em que a crise que se abateu sobre o clube foi tão grande que só esperamos para ver se vai fechar as portas.

João Loureiro também foi condenado e vai ficar uns tempos sem poder ser dirigente desportivo. Isto, depois de já ter deixado de o ser.

O presidente do Leiria foi condenado mas isso acaba por ser uma benção para a UDL. Isto, quando o clube desceu de divisão.

Agora a piada do ano.

O FCP perdeu 6 pontos...no ano em que termina o campeonato com 20 pontos de avanço! Grande punição!

Pinto da Costa também foi condenado mas é apenas uma questão teórica, já que, na prática, não deixa de ser o líder azul e branco.


Quando testemunhámos o caso italiano em que a Juventus viu ser-lhe retirado o título, foi recambiada para a segunda divisão e teve de começar a época seguinte com uma pontuação negativa, pergunto-me: será que foi feita justiça em Portugal?


Estes clubes fazem ENTRADAS PERIGOSAS sobre a verdade desportiva e depois levam uma reprimenda???

Acho que alguém se esqueceu de mostrar uns cartões vermelhos....

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pobres dos Ricos (ou ricos dos pobres?)

Desengane-se quem acha que vou fazer um karaoke virtual da música da Floribella.
Estou quase em choque (o quase é porque o futebol português já nos habituou a tudo) depois de ter lido que José Eduardo Simões, o actual e reeleito presidente da Académica - OAF veio dizer que "vai avançar com o estudo para construção de um novo estádio para a Académica", segundo o jornal A Bola.
O mesmo jornal avança ainda que JES afirmou que o estádio deverá ficar "em terrenos contíguos à Academia Dolce Vita" e acrescentou que "não se trata de uma ambição desmedida mas sim de uma necessidade do clube de Coimbra".


Mas por acaso anda tudo maluquinho?
Para que é que se construiu o Estádio Cidade de Coimbra?
Para o Euro?
O estádio nunca enche e o Eng.Simões quer outro?
E o Cidade de Coimbra? Fica ao abandono? Fica para fazer concertos?
Ou é para ser usado pelo União de Coimbra, Vigor da Mocidade, Lousanense ou outro clube da região?
Estou mesmo a ver que vão mandar com a desculpa de ser muito caro pagar a utilização do estádio à autarquia mas vamos ser razoáveis!
Não será mais sensato renegociar?
Nem a Câmara nem o clube têm nada a ganhar com o abandono do Estádio Cidade de Coimbra!

Faz-me lembrar a história dos centros comerciais. Não há dinheiro para nada, as pessoas já só passeiam e não fazem tantas compras, as lojas vão fechando porque dão prejuízo mas cada vez se constroem mais e mais centros comerciais.

Não acho nada razoável entrar pela construção de um novo estádio, será uma ENTRADA bem PERIGOSA!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Stojkovic é do Benfica

Já não é de hoje que se levantam vozes a criticar Paulo Bento pela aposta em Rui Patrício, especialmente porque, dizem, Stojkovic é melhor que o miúdo.

Há uns tempinhos o guardião sérvio veio dizer aos jornais que era o melhor guarda-redes do plantel leonino, vindo pouco depois dizer que as palavras teriam sido do seu irmão.

Resultado: Paulo Bento deixou de promover a rotatividade na baliza e Stojkovic não sai do banco há uns bons meses.

Hoje percebe-se que o sérvio tem problemas graves.

O que poderia ser explicado com o reinabarriguismo típico dos benfiquistas, conhecido em alguns círculos como leonorpinhaoismo, não é mais que uma doença do foro mental.


A capa dos diários desportivos de hoje mostram tudo de forma clara.


Melhor keeper da Europa?

O rapaz não tem televisão?

Não lê jornais?

Não fala com ninguém?

Buffon?

Casillhas?

Petr Cech?

Van Der Sar?

Não são melhores?

Ou são africanos? Asiáticos? Americanos?



Este senhor teve mais uma ENTRADA PERIGOSA e, por mais que se tenha que reconhecer que ele é bom guarda-redes, está claramente a pedir para não tirar o cuzinho do banco de suplentes.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Viram-se gregos...de novo!

O jogo de ontem nem devia ter existido.

Com os jogadores à disposição de Scolari e com os compromissos dos clubes mais valia ter cancelado o jogo.

Ronaldo e Nani foram devolvidos ao Manchester United; Simão fez doi-doi e não se mexeu mais, saindo logo no início do jogo, isto depois das constantes birrinhas porque não entende porque não é sempre convocado; Ricardo e Ricardo Carvalho chegram com mazelas mas jogaram os 90 minutos; Miguel está gordo; Meira e Veloso eram dois jogadores para a mesma posição e só se atrapalharam; Nuno Gomes só rende com um ponta-de-lança ao seu lado e entrou em campo a jogar sozinho na frente; Paulo Ferreira desde que saiu do FCPorto que é uma sombra do jogador que foi nas Antas/Dragão; Pepe não é um jogador de 30 milhões de euros em talento, é um central possante e confiante mas não é o que se diz; Bruno Alves parecia no bom caminho mas agora aparenta querer voltar aos tempos de caceteiro-mor, distribuindo fruta a torto e a direito e deixando de ser o central concentrado e possante com bom tempo de entrada à bola e bom sentido de antecipação em que parecia estar a tornar-se.

Juntando a isto a ineficaz barreira da nossa selecção e os dois magníficos "petardos" do mal-amado Kanagounis está mais ou menos explicada a derrota com a Grécia.


Ah, e não vale a pena voltarem com a conversa do Ricardo que é frango e que podia ter feito mais.
Primeiro, a barreira quase não salta em qualquer um dos livres e, no segundo, ninguém sai da barreira para se opôr ao remate.

A culpa da derrota não é nem de Scolari nem de Ricardo, é do momento escolhido para a realização do jogo.

Vão pedir aos jogadores para darem o litro nesta altura da época em que há jogos decisivos à porta, vão pedir aos clubes que não interfiram e não pressionem os jogadores para terem cuidados redobrados e não se cansarem demais ou não disputarem certo tipo de lances em que se possam aleijar e para fugirem de ENTRADAS PERIGOSAS.

Mais valia estarem quietinhos. Ou então podia ter ganho, aí estaria tudo bem e seriam uns heróis e Scolari teria vingado as duas derrotas no Euro2004.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Nós por cá e eles por lá

Em Nova Iorque, o público da casa aplaudiu de pé a jovem estrela da equipa adversária dos New York Knicks, Lebron James. O número 23 dos Cleveland marcou 50 pontos, 11 deles em lançamentos de três pontos e foi ovacionado pelos adeptos da equipa nova-iorquina.

Aqui por Portugal consegui ler alguém aproveitar o facto de Rui Costa ter sido aplaudido pelos sportinguistas em Alvalade para ir buscar o facto de Figo nunca ter voltado ao Sporting e de ter festejado um golo do Inter contra a equipa do seu coração.

Serve isto para mostrar como o público português é mesquinho, especialmente uma grande parte dos benfiquistas.

Alguma vez alguém imagina que seja possível acontecer num estádio português (especialmente na Luz) aquilo que aconteceu com Lebron James em Nova Iorque?


Eu já vi de Franceschi ser aplaudido quando voltou ao nosso país para defrontar o Sporting, já vi o mesmo suceder com Vidigal, já vi, como foi citado no início, Rui Costa, um ícone do clube rival, ser aplaudido por todos também em Alvalade. Também vi Simão ser assobiadíssimo. Mas até compreendo. Afinal, foi Simão que disse que caso voltasse a Portugal só jogaria no Sporting. Mas o rapaz sofre de dislexia e é daltónico e isso explica que confundido Benfica com Sporting e o vermelho com o verde.

E, voltando ao caso da relação Rui Costa-Benfica e Luís Figo-Sporting, há que lembrar que Rui Costa foi e é um fora de série e um jogador de nível mundial, só que saiu do Benfica para ir para a Fiorentina, passando para o Milão, equipa onde acabou relegado para o banco por Kaká, Seedorf e Pirlo. Figo não só foi e é um jogador de nível mundial e um fora de série como foi ainda eleito jogador do ano pela Fifa, saiu do Sporting para o Barcelona onde chegou a ser capitão de equipa e titular indiscutível enquanto representou a equipa catalã, passou para o rival Real de Madrid, onde era um dos titulares dos galácticos e, finalmente, mudou-se para o Inter onde é regularmente titular ou suplente utilizado e membro influente da equipa em ambas as condições.
Na Luz, Cristiano Ronaldo (sim, esse que é a grande estrela da selecção nacional, que todos elogiam, que todos defendem quando é atacado em Inglaterra e enxovalhado na imprensa pela Europa fora) foi assobiado a cada toque na bola. Depois o rapaz resolveu esticar o dedinho do meio e dedicá-lo aos adeptos benfiquistas que aproveitaram logo para dizer que o assobiaram porque ele teve um gesto incorrecto. Não, meus amigos, a cronologia está trocada. Sem dar qualquer legitimidade ao acto de Ronaldo, depois de ser assobiado no seu próprio país pelos adeptos que estão sempre à espera que ele resolva os jogos da selecção, o puto passou-se. Primeiro os assobios, depois o dedinho.

Perdoem-me a frontalidade e a falta de tacto, mas para os lados da Luz prefere-se santificar Fehér, um jogador que teve a infelicidade de morrer muito jovem mas que, verdade seja dita, era um jogador banal! O que é que ele fez de especial pelo Benfica? Morreu em campo? E para além disso? Será que algum adepto do Benfica me sabe explicar o porquê do húngaro ser idolatrado?

E Mantorras? Uns dias, quando está em condições de jogar e o treinador o chama, o estádio enlouquece ao ver que o angolano do Benfica vai entrar; noutros dias, é ouvir o grande adepto do Benfica dizer que Mantorras está acabado para o futebol. que Mantorras só está no Benfica por caridade, que o Benfica vai buscar este ou aquele jogador para fornecer peças ao Mantorras.

São estas ENTRADAS PERIGOSAS que fazem dos adeptos portugueses uns ricos adeptos!

E quanto às outras claques (as do Sporting, os Super Dragões, os White Angels) já fui falando mas ainda há muito para falar...

Continuem a assobiar os vossos jogadores como fizeram com o Nani e o Quaresma...

O Benfiquismo do rei na barriga

Leonor Pinhão não está só!

É verdade!


Sílvio Cervan, na "Coluna do Senador" consegue estar ao nível da ex-jornalista no que diz respeito à qualidade dos conteúdos.


Enquanto no caso da L.P. eu tenho tido o azar de encontrar sempre fracos exercícios de escrita que dariam um chumbo a qualquer aluno do secundário, já o S.C. tem um grave problema de complexo de superioridade semelhante ao da L.P. que consegue colocar na forma de palavras consideravelmente eloquentes e num discurso típico da classe da qual faz parte (é político, para quem não sabe) e, como tal, especialista em dizer um punhado de lixo de uma forma que parece séria e importante.


Há dias tinha lido um artigo de opinião bastante enfeliz do S.C. em que ele mostra a sua visão do futebol português tendo como epicentro o Benfica. E digo epicentro no sentido sismico, já que mais parece que passou por ele o Terramoto de 1755.



S.C. aponta lá pelo meio o exemplo do novo cartão do Sporting e o discurto de Soares Franco na apresentação do mesmo, em que indicou o exemplo do Benfica e que disse algo verdadeiro (o que é muito estranho no futebol nacional) que é o facto do Sporting ter menos adeptos que o Benfica. Serviu para S.V. mostrar que o Sporting anda a reboque do Benfica e faz tudo à semelhança do clube da Luz. Obviamente, se Soares Franco não tivesse feito o discurso que fez, S.C. teria dito que o Sporting tinha copiado o Benfica mas não tinha assumido. Preso por ter cão e preso por não ter.


Neste caso, espero que o novo cartão de sócio seja como o Derlei. No Benfica não deu nada, no Sporting (e antes de se lesionar) já parecia o Derlei do FCP.


Hoje S.C. volta a escrever umas linhas carregadinhas do "reinabarriguismo" benfiquista numa coluna em que (ainda) nos fala do último Sporting X Benfica e que alerta para um suposto problema dos "lagartos" que parecem não conseguir esquecer um famigerado jogo entre os dois clubes da segunda circular em que Luisão marcou um golo num lance com Luisão, lance esses que segundo a visão de alguns vermelhos foi limpo e segundo alguns olhos mais verdes foi em falta.

E faz sentido.

S.C. diz que os sportinguistas não conseguem esquecer o passado e ele próprio continua a falar do que já lá vai (embora há menos tempo). Até entendo porquê, afinal Cardozo foi expulso aos 5 minutos do jogo contra o Getafe num lance parecido com aquele que teve com Tonel no jogo da última jornada. Faz lembrar, eu entendo, só que em jogos europeus o lance dá cartão vermelho.




Juntando a este artigo o - também de hoje - da L.P. ficamos a saber que a ex-jornalista escolheu o trilho da escrita infantil e de lá não sai. Isto porque cai nas hipérboles ridículas de dizer que os sportinguistas reclamam 18 penáltis, depois mais para o final já diz que reclamam 28, fala numa teoria maquiavélica em que Paulo Paraty impediu o Benfica de poder executar lançamentos laterais visto que o homem do apito os assinalou sucessivamente ao contrário. Na visao de L.P., estes lances são perigosíssimos já que o SLB dispõe de Binya, um magnífico executante deste tipo de lances.


L.P. tem num entanto um magnífico sentido de humor, já que brinca com os cuidados que Miguel Veloso tem com o cabelo. Só pode ser um apontamento humorístico, já que não é comum ver o Veloso mais novo andar a ajeitar o cabelo em campo... ao invés do que sucede com Nuno Gomes. E todos sabem que no Benfica nunca nenhum jogador teve tiques no cabelo. Simão já foi embora e nunca esticou o seu cabelinho de ovelha ou fez tranças ou rastas ou mais não sei quantas mariquices, Nélson deita-se com um penteado e acorda com outro, não é por opção dele que um dia anda com tranças e no outro com juba, Binya tem o cabelo amarelo como todas as pessoas da cidade onde ele nasceu nos Camarões...


Vamos agora a um exercício matemático.

Juntemos 1+1, ou seja, a visão dos dois referidos anteriormente.

O Benfica está no centro do mundo + discurso altamente hiperbólico e infantil.


O resultado é algo deste género.
O Benfica deu origem ao mundo. Afinal de contas, na grande explosão que deu origem ao mundo, houve uma explosão, houve chamas e todos sabemos que a chama é composta por uma zona interna que é de cor encarnada.

O Benfica tem imensos adeptos estrangeiros e isso vê-se no verão, quando por todo o mundo vemos imensas pessoas com escaldões, numa clara manifestação de apoio ao clube.

O Benfica está na base da formação de países como os Estados Unidos da América ou o Brasil.Isto explica-se pelo simples facto da população inicial das duas nações ser composta por indíos, também conhecidos como peles vermelhas, numa clara alusão às suas preferências futebolísticas.

Os países soviéticos foram e ainda são parcialmente dominados pelo regime vermelho, não por serem comunistas, mas por serem do Benfica.

Os adeptos ingleses dividem-se na paixão pelos seus clubes locais mas não pelo Benfica. Não é à toa que os simpatizantes do Manchester se referem à sua equipa como Red Devils e os do Liverpool tratam os seus por Reds. No fundo eles queriam ser do Benfica mas fica caro vir todos os fins-de-semana a Portigal e as duas equipas citadas equipam de vermelho.

E já que estou numa de ENTRADAS PERIGOSAS, aqui ficam mais duas para concluir.

Sílvio Cervan mostra na sua escrita o talento que sempre lhe vimos na política enquanto militante/deputado do PP...nenhum ou muito pouco.
Já Leonor Pinhão, é quanto a mim o Eusébio da escrita desportiva em Portugal. E para que percebam esta minha comparação basta tentarem imaginar o que faria a Pantera Negra se entrasse em campo nos dias de hoje para representar o Sport Lisboa e Benfica.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Os jogos na SIC

Nos últimos tempos, Benfica e Sporting têm tido os seus jogos transmitidos pela estação de Carnaxide.
Até aqui tudo bem. Faz bem diversificar.
Tenho amigos que não gostam muito nem do José Augusto Marques nem do Nuno Luz. E digo isto sinceramente, não ao estilo da Leonor Pinhão, não tento colocar a minha opinião na boca de outros. Prefiro não me pronunciar, afinal de contas podia parecer que estava ressentido...
Sem entrar em avaliações, achei graça a alguns pormenores no relato de hoje.
O jogo em questão era o Sporting X Estrela da Amadora para a Taça de Portugal.
Antes dos 15 minutos de jogo já dizia o J.A.M. "a jogar assim o resultado vai ser 0-0".
Isto é algo bem típico da RUC e eu e os meus colegas fazemos isto de vez em quando. Mas nós somos tendenciosos e normalmente dizemos algo do género para criticar o árbitro, a equipa adversária ou o Manuel Machado. Agora já não temos a última desculpa...
Numa televisão como a SIC tem de se ter um pouco mais de cuidado com o que se diz.
Assim como o Nuno Pereira, na qualidade de repórter de pista, não deve dizer em directo que "ele tem uma barriga comá minha". Até teve piada e acho que faz bem aos relatos profissionais terem apontamentos de humor e não serem tão carrancudos, mas não se pode dizer algo como se estivessem numa conversa de café.
Já que estou a "malhar", sigo para o comentador.
Achei giríssimo que ele tenha dito acerca do Izmailov não ter passado a bola que "ele não é português, é russo, mas foi carteiro".
Bem, só posso concluir que o comentador parta do princípio que na Rússia não haja carteiros, ou correios ou que as pessoas não escrevam nem recebam correspondência. Ou então que as expressões usadas para classificar os jogadores portugueses não sejam válidas para os jogadores estrangeiros.
Não me vou esquecer do Nuno Luz. Depois de ter usado a palavra "tónico" umas dez vezes em duas intervenções, chegou às entrevistas no final do jogo e praticamente só fez perguntas que induziam a uma resposta. Algo do género "vocês jogaram mal como tudo, estão preocupados com o jogo contra o Benfica?" ou "ficaram tristes depois de terem passado o jogo todo empatados e depois sofrem um golo nos últimos minutos?". Tudo bem que é chato fazer as perguntas da praxe "como é que viu o jogo?" ou "como se sente pelo golo marcado?" e outras do género, mas entre o banal e o não aconselhável mais vale cair na normalidade do que fazer "asneira".

Foi uma série de ENTRADAS PERIGOSAS mas a verdade é esta: o facto da SIC transmitir uns jogos de vez em quando é produtivo e positivo para quem vê futebol e mesmo para quem trabalha no jornalismo desportivo, mas acaba por se notar que há uma falta de hábito de quem faz o relato.
Deixo uma pergunta no ar: para quando é que a SIC pretende colocar o Paulo Garcia a relatar um jogo?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sai mais um comentário!

Esta quarta estava a ver o jogo da final-four da Carlsberg Cup, transmitido pela RTP e com comentários de António Tadeia quando ouvi o senhor dizer que "Romagnoli é um jogador de penúltimo passe".
Fantástico!
E isso treina-se?
"Agora eu passo-te para tu assistires para golo."
"Se eu te passar não remates porque é um penúltimo passe."
Realmente eu lembro-me dos tempos em que ainda estava nos escalões de formação do basquete e tinhamos um exercício em que apenas podiamos lançar depois de termos efectuado 5 passes consecutivos.
Talvez, na cabeça do António Tadeia, se passe o mesmo com o Pipi, talvez o 30 do Sporting esteja muito agarrado a essa lógica. "ESPERA! NÃO REMATES! FALTA AINDA UM PASSE!".
Deve ser isso um jogador de "penúltimo passe".
Portanto, no caso do Romagnoli deviam ser contabilizadas as assistências para assistências.
Seria interessante...vamos começar a contar quantos passes decisivos para passes decisivos que dão golo é que o Pipi faz durante uma época.

É claro que se torna um pouco difícil levar o António Tadeia a sério depois de o ouvir dizer ao intervalo que a posse de bola estava "65-45".
Ainda pensei que fosse algum jogador que estivesse emprestado pelo Sporting ao Beira-Mar cuja posse de bola contasse para os dois lados...mas acho que não, acho que deve ser mesmo qualquer coisa com a matemática...é isso e os jogadores de penúltimo passe.

É que é cada ENTRADA PERIGOSA destes senhores comentadores...