sexta-feira, 7 de março de 2008

O Benfiquismo do rei na barriga

Leonor Pinhão não está só!

É verdade!


Sílvio Cervan, na "Coluna do Senador" consegue estar ao nível da ex-jornalista no que diz respeito à qualidade dos conteúdos.


Enquanto no caso da L.P. eu tenho tido o azar de encontrar sempre fracos exercícios de escrita que dariam um chumbo a qualquer aluno do secundário, já o S.C. tem um grave problema de complexo de superioridade semelhante ao da L.P. que consegue colocar na forma de palavras consideravelmente eloquentes e num discurso típico da classe da qual faz parte (é político, para quem não sabe) e, como tal, especialista em dizer um punhado de lixo de uma forma que parece séria e importante.


Há dias tinha lido um artigo de opinião bastante enfeliz do S.C. em que ele mostra a sua visão do futebol português tendo como epicentro o Benfica. E digo epicentro no sentido sismico, já que mais parece que passou por ele o Terramoto de 1755.



S.C. aponta lá pelo meio o exemplo do novo cartão do Sporting e o discurto de Soares Franco na apresentação do mesmo, em que indicou o exemplo do Benfica e que disse algo verdadeiro (o que é muito estranho no futebol nacional) que é o facto do Sporting ter menos adeptos que o Benfica. Serviu para S.V. mostrar que o Sporting anda a reboque do Benfica e faz tudo à semelhança do clube da Luz. Obviamente, se Soares Franco não tivesse feito o discurso que fez, S.C. teria dito que o Sporting tinha copiado o Benfica mas não tinha assumido. Preso por ter cão e preso por não ter.


Neste caso, espero que o novo cartão de sócio seja como o Derlei. No Benfica não deu nada, no Sporting (e antes de se lesionar) já parecia o Derlei do FCP.


Hoje S.C. volta a escrever umas linhas carregadinhas do "reinabarriguismo" benfiquista numa coluna em que (ainda) nos fala do último Sporting X Benfica e que alerta para um suposto problema dos "lagartos" que parecem não conseguir esquecer um famigerado jogo entre os dois clubes da segunda circular em que Luisão marcou um golo num lance com Luisão, lance esses que segundo a visão de alguns vermelhos foi limpo e segundo alguns olhos mais verdes foi em falta.

E faz sentido.

S.C. diz que os sportinguistas não conseguem esquecer o passado e ele próprio continua a falar do que já lá vai (embora há menos tempo). Até entendo porquê, afinal Cardozo foi expulso aos 5 minutos do jogo contra o Getafe num lance parecido com aquele que teve com Tonel no jogo da última jornada. Faz lembrar, eu entendo, só que em jogos europeus o lance dá cartão vermelho.




Juntando a este artigo o - também de hoje - da L.P. ficamos a saber que a ex-jornalista escolheu o trilho da escrita infantil e de lá não sai. Isto porque cai nas hipérboles ridículas de dizer que os sportinguistas reclamam 18 penáltis, depois mais para o final já diz que reclamam 28, fala numa teoria maquiavélica em que Paulo Paraty impediu o Benfica de poder executar lançamentos laterais visto que o homem do apito os assinalou sucessivamente ao contrário. Na visao de L.P., estes lances são perigosíssimos já que o SLB dispõe de Binya, um magnífico executante deste tipo de lances.


L.P. tem num entanto um magnífico sentido de humor, já que brinca com os cuidados que Miguel Veloso tem com o cabelo. Só pode ser um apontamento humorístico, já que não é comum ver o Veloso mais novo andar a ajeitar o cabelo em campo... ao invés do que sucede com Nuno Gomes. E todos sabem que no Benfica nunca nenhum jogador teve tiques no cabelo. Simão já foi embora e nunca esticou o seu cabelinho de ovelha ou fez tranças ou rastas ou mais não sei quantas mariquices, Nélson deita-se com um penteado e acorda com outro, não é por opção dele que um dia anda com tranças e no outro com juba, Binya tem o cabelo amarelo como todas as pessoas da cidade onde ele nasceu nos Camarões...


Vamos agora a um exercício matemático.

Juntemos 1+1, ou seja, a visão dos dois referidos anteriormente.

O Benfica está no centro do mundo + discurso altamente hiperbólico e infantil.


O resultado é algo deste género.
O Benfica deu origem ao mundo. Afinal de contas, na grande explosão que deu origem ao mundo, houve uma explosão, houve chamas e todos sabemos que a chama é composta por uma zona interna que é de cor encarnada.

O Benfica tem imensos adeptos estrangeiros e isso vê-se no verão, quando por todo o mundo vemos imensas pessoas com escaldões, numa clara manifestação de apoio ao clube.

O Benfica está na base da formação de países como os Estados Unidos da América ou o Brasil.Isto explica-se pelo simples facto da população inicial das duas nações ser composta por indíos, também conhecidos como peles vermelhas, numa clara alusão às suas preferências futebolísticas.

Os países soviéticos foram e ainda são parcialmente dominados pelo regime vermelho, não por serem comunistas, mas por serem do Benfica.

Os adeptos ingleses dividem-se na paixão pelos seus clubes locais mas não pelo Benfica. Não é à toa que os simpatizantes do Manchester se referem à sua equipa como Red Devils e os do Liverpool tratam os seus por Reds. No fundo eles queriam ser do Benfica mas fica caro vir todos os fins-de-semana a Portigal e as duas equipas citadas equipam de vermelho.

E já que estou numa de ENTRADAS PERIGOSAS, aqui ficam mais duas para concluir.

Sílvio Cervan mostra na sua escrita o talento que sempre lhe vimos na política enquanto militante/deputado do PP...nenhum ou muito pouco.
Já Leonor Pinhão, é quanto a mim o Eusébio da escrita desportiva em Portugal. E para que percebam esta minha comparação basta tentarem imaginar o que faria a Pantera Negra se entrasse em campo nos dias de hoje para representar o Sport Lisboa e Benfica.

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