sexta-feira, 7 de março de 2008

Nós por cá e eles por lá

Em Nova Iorque, o público da casa aplaudiu de pé a jovem estrela da equipa adversária dos New York Knicks, Lebron James. O número 23 dos Cleveland marcou 50 pontos, 11 deles em lançamentos de três pontos e foi ovacionado pelos adeptos da equipa nova-iorquina.

Aqui por Portugal consegui ler alguém aproveitar o facto de Rui Costa ter sido aplaudido pelos sportinguistas em Alvalade para ir buscar o facto de Figo nunca ter voltado ao Sporting e de ter festejado um golo do Inter contra a equipa do seu coração.

Serve isto para mostrar como o público português é mesquinho, especialmente uma grande parte dos benfiquistas.

Alguma vez alguém imagina que seja possível acontecer num estádio português (especialmente na Luz) aquilo que aconteceu com Lebron James em Nova Iorque?


Eu já vi de Franceschi ser aplaudido quando voltou ao nosso país para defrontar o Sporting, já vi o mesmo suceder com Vidigal, já vi, como foi citado no início, Rui Costa, um ícone do clube rival, ser aplaudido por todos também em Alvalade. Também vi Simão ser assobiadíssimo. Mas até compreendo. Afinal, foi Simão que disse que caso voltasse a Portugal só jogaria no Sporting. Mas o rapaz sofre de dislexia e é daltónico e isso explica que confundido Benfica com Sporting e o vermelho com o verde.

E, voltando ao caso da relação Rui Costa-Benfica e Luís Figo-Sporting, há que lembrar que Rui Costa foi e é um fora de série e um jogador de nível mundial, só que saiu do Benfica para ir para a Fiorentina, passando para o Milão, equipa onde acabou relegado para o banco por Kaká, Seedorf e Pirlo. Figo não só foi e é um jogador de nível mundial e um fora de série como foi ainda eleito jogador do ano pela Fifa, saiu do Sporting para o Barcelona onde chegou a ser capitão de equipa e titular indiscutível enquanto representou a equipa catalã, passou para o rival Real de Madrid, onde era um dos titulares dos galácticos e, finalmente, mudou-se para o Inter onde é regularmente titular ou suplente utilizado e membro influente da equipa em ambas as condições.
Na Luz, Cristiano Ronaldo (sim, esse que é a grande estrela da selecção nacional, que todos elogiam, que todos defendem quando é atacado em Inglaterra e enxovalhado na imprensa pela Europa fora) foi assobiado a cada toque na bola. Depois o rapaz resolveu esticar o dedinho do meio e dedicá-lo aos adeptos benfiquistas que aproveitaram logo para dizer que o assobiaram porque ele teve um gesto incorrecto. Não, meus amigos, a cronologia está trocada. Sem dar qualquer legitimidade ao acto de Ronaldo, depois de ser assobiado no seu próprio país pelos adeptos que estão sempre à espera que ele resolva os jogos da selecção, o puto passou-se. Primeiro os assobios, depois o dedinho.

Perdoem-me a frontalidade e a falta de tacto, mas para os lados da Luz prefere-se santificar Fehér, um jogador que teve a infelicidade de morrer muito jovem mas que, verdade seja dita, era um jogador banal! O que é que ele fez de especial pelo Benfica? Morreu em campo? E para além disso? Será que algum adepto do Benfica me sabe explicar o porquê do húngaro ser idolatrado?

E Mantorras? Uns dias, quando está em condições de jogar e o treinador o chama, o estádio enlouquece ao ver que o angolano do Benfica vai entrar; noutros dias, é ouvir o grande adepto do Benfica dizer que Mantorras está acabado para o futebol. que Mantorras só está no Benfica por caridade, que o Benfica vai buscar este ou aquele jogador para fornecer peças ao Mantorras.

São estas ENTRADAS PERIGOSAS que fazem dos adeptos portugueses uns ricos adeptos!

E quanto às outras claques (as do Sporting, os Super Dragões, os White Angels) já fui falando mas ainda há muito para falar...

Continuem a assobiar os vossos jogadores como fizeram com o Nani e o Quaresma...

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