domingo, 18 de novembro de 2007

Leiria, o buraco negro do futebol

O jogo Portugal X Arménia veio mostrar mais uma vez que Leiria é uma cidade que não gosta de futebol.
Depois das "magníficas" assistências da União de Leiria que consegue ser, quiçá, o único clube a não ter casa cheia com os três ditos grandes, o jogo da selecção teve um estádio que não lotou e, pior, um casa assombrada!
Os adeptos não se fizeram ouvir a não ser quando assobiavam.
Dizia o repórter da RTP que em Portugal tem de ser a equipa a puxar pelos adeptos e tinha razão, só que nem os jogadores estavam inspirados, nem os adeptos que estavam em Leiria quiseram puxar pela equipa que estava adormecida.
Não foi mesmo um bom jogo. Primeiro, Maniche e Veloso estavam a jogar numa área de terreno em que qualquer um dos dois por si só jogaria melhor sozinho ( e isso viu-se na segunda parte); Ronaldo estava com os típicos problemas que o caracterizam: muitas fintas e passar a bola é mentira; Simão não se viu; Caneira não atacou; Hugo Almeida raramente recebeu a bola... Em suma, foi uma noite complicada.
Mais complicado fica quando se joga em casa e o público não ajuda. Ora, onde é que eu já vi isto? Pareceu-me muito acertada a decisão da equipa técnica em meter Nani em campo, não só por estar em boa forma, mas também por ser o jogador mais rotinado a jogar sob os assobios dos próprios adeptos...
Sinceramente, e sem querer estar a cair na asneira de criticar os jogadores da selecção ( afinal de contas, já tiveram jogos bons que perderam e empataram e, no fundo, o que nós queremos é vitórias ) passo então às ENTRADAS PERIGOSAS:
sugiro então que a autarquia leiriense converta o obsoleto estádio num cinema/drive in, num centro comercial ou algo parecido, ou destine o recinto à prática do golfe, ténis ou xadrez, desportos em que o silêncio é de ouro...
Que bela obra, o Estádio de Leiria, tanto dinheirinho empatado numa obra que não serve para nada! Mais valia terem feito um estádio ao Paços de Ferreira, ao Belenenses ou até ao Fátima!
É triste mas cada vez que me lembro dos estádios de Leiria, Aveiro, Coimbra e do mamarracho do Algarve pergunto-me que raio de critérios, que raio de consciência imperou na escolha dos locais para desbaratar milhões em construções que estão longe de terem a utilização pretendida!

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